:: Top 10 PTD - Maiores técnicos da história
São quase 90 treinadores ao longo de uma história vitoriosa - média aproximada de um técnico por ano. Nomes consagrados, treinadores vitoriosos, outros nem tanto. Figuras que trazem saudades ou más lembranças.

A história começa em 1914, ano de nascimento do Palestra Itália. Daquele ano até 1930, quando o futebol engatinhava o profissionalismo, o capitão da equipe funcionava também como técnico, sendo o zagueiro Bianco, autor do primeiro gol de nossa história, o mais conhecido treinador nesse período.

Com o profissionalismo, tudo mudou, e a partir de então nossa história vitoriosa foi construída com a ajuda de grandes e vitoriosos comandantes. Nessa lista, nossa equipe elegeu os 10 melhores treinadores da história do Verdão. Lista díficil como sempre, não só pelas inúmeras opções, mas pelas dificuldades em definir o que é um bom treinador quando os jogadores levam a maior parte das glórias com as conquistas. Melhor do que definir é relembrar o passado com 10 grandes nomes que fizeram nossa história dos bancos de reservas.

Com vocês, os 10 maiores treinadores da história do Verdão.

10° Humberto Cabelli (1930; 1932 a 1935)

105 Jogos (72 vitórias, 19 empates e 14 derrotas).
Títulos: Paulistas 1932/33/34, Rio/Sp 1933.

Praticamente um desconhecido para a maioria dos torcedores, o Uruguaio Humberto Cabelli é o maior treinador da história do Palestra Itália. Os números não deixam dúvidas. Com um percentual impressionante de 70% de vitórias em mais de 100 jogos, era o técnico da equipe na conquista do tricampeonato paulista de 32/33/34, o único em nossa história.

No entanto, a história de conquistas poderia ter sido diferente. Em 1930 assumiu o Palestra pela primeira vez, mas não foi além de um terceiro lugar. Na época favorito aos títulos, o terceiro lugar era considerado grande decepção, e na temporada seguinte ele já não estava no comando do time. Nessa década, o Uruguai era a melhor seleção do mundo, bi-campeã olímpica e campeã do primeiro Mundial da Fifa. Por isso, acreditava-se que um técnico Uruguaio era o ideal para qualquer equipe. Com isso, acabou tendo outra chance como técnico do Palestra em 1932, e dirigindo um timaço que contava com Romeu Pelicciari, consagrou-se com o tri do Paulistão e o título do primeiro Rio/SP da história. Foi também o primeiro treinador do Palestra na era do profissionalismo, que se iniciou no Brasil em 1933. Dois anos depois e com títulos na bagagem, trocou o Palestra pelo Fluminense, sem repetir o brilho de anos anteriores.

9° Armando Del Debbio (1942 a 1945)

Jogos: 100 (58 vitórias, 19 empates e 23 derrotas).
Títulos: Paulista 1942.

Como jogador, certamente a torcida Palmeirense não gosta de lembrar. Defendeu nosso maior rival nas décadas de 20 e 30, inclusive chegando a vestir a camisa da seleção brasileira. Era identificado com seu clube e tinha tudo pra ser apenas mais um rival na história alviverde. Tinha, porque na prática, para a nossa alegria, não foi bem assim.

Del Debbio chegaria ao comando do Palestra em 1942, tentando se redimir dos erros do passado. Época conturbada, tanto é que quando assumiu a equipe, ainda guardávamos as origens italianas no nome, Palestra Itália. Com a Segunda Guerra, o nome foi trocado para Palestra de São Paulo, e lá estava Del Debbio, acompanhando tudo isso do banco de reservas. Com a pressão do governo brasileiro de impedir qualquer instituição de ter nomes que lembrassem origens italianas, o Palestra de São Paulo virou Palmeiras no mesmo ano que Del Debbio assumiu o Verdão. E em um dos jogos mais importantes de nossa história, vencemos o São Paulo por 3x1 na decisão do título paulista, consagrando uma grande campanha comandada pelo técnico. Ofensivo, diga-se de passagem. Foram nada mais nada menos que 10 goleadas só na campanha do paulistão, incluindo um 5x2 sobre o Santos e um 4x0 sobre a Portuguesa. No ano seguinte, porém, o estilo ofensivo de Del Debbio não foram suficientes. O time ficou apenas em terceiro no Paulistão, e um início ruim no ano seguinte culminaram na saída do primeiro técnico campeão com o Palmeiras.

8° Rubens Minelli (1968 a 1971, 1982 a 1983, 1987 a 1988)

Jogos: 247 (115 vitórias, 83 empates e 49 derrotas).
Títulos: Robertão 1969.

Um dos técnicos que mais treinaram o Verdão e também um dos que possuem o maior número de jogos. Minelli treinou o Palmeiras em dois momentos distintos. Em sua primeira passagem, pegou um time vencedor, com Ademir da Guia e Luís Pereira, a chamada primeira Academia. Logo os títulos vieram, como Troféu Ramon de Carranza e o Robertão, precursor do Campeonato Brasileiro. Estrategista, Minelli se consagrou na década de 70, conquistando três campeonatos brasileiros longe do Verdão. Unanimidade no futebol brasileiro, voltou ao Verdão em 1982, já sem os grandes craques da Academia. No ano seguinte levou o time às semi-finais do paulistão, mas não teve sucesso e acabou eliminado.

Não era o fim do ciclo do treinador. Em 1987, para a disputa da Copa União, Minelli voltou novamente ao comando do time, com a missão de por fim ao jejum de 10 anos sem títulos. Não deu, o time era fraco e campanhas ruins na competição e no Paulistão do ano seguinte encerraram a era do treinador. Em suas três passagens pelo Verdão, Minelli pode não ter conquistado todos os objetivos, mas significava confiança e respeito no banco de reservas, sempre buscando opções para as vitórias. Fosse o time um pouco melhor, certamente teria tido mais sorte.

7° Mario Travaglini [1963 a 1968(com várias pausas no período), 1971, 1984/ 1985].

Jogos: 178 (96 vitórias, 45 empates e 37 derrotas.
Títulos: Paulista 1966, Taça Brasil 1967.

Mário Travaglini tem um recorde que provavelmente jamais será batido no Palmeiras. Ao todo, assumiu o time do Verdão em dez oportunidades diferentes, vencendo mais de 50% dos quase duzentos jogos no comando do time. No inicio da carreira poucos imaginavam que ele seria um dos treinadores mais marcantes de nossa história. Nas primeiras oportunidades em que assumiu o Verdão, era apenas um interino, o chamado 'tapa-buraco' em momentos de crise. Sempre almejou ser técnico, e depois de muito tentar, ganhou a chance em 1966, três anos depois de trabalhar como auxiliar.

Logo na primeira oportunidade, um trabalho dificílimo pela frente. Faltando seis rodadas para o término do Paulistão, Mário assumiu o time com o objetivo de conduzir o Verdão ao título, em campeonato disputado contra o Santos de Pelé. Venceu nada menos que cinco das seis partidas, incluindo uma goleada sobre o São Paulo na última rodada por 3x0.

Com moral depois do título, Travaglini alcançaria o auge no ano seguinte, em 1967. Com um grande time em mãos, levou o Verdão à conquista da Taça Brasil, na época um dos torneios mais importantes do país.

Sempre teve muita identificação com o Palmeiras e esse foi um dos motivos para tantas idas e vindas, a primeira em 1971. Com um time fraco em mãos, não teve sucesso e ficou um tempo ausente do clube, até 1984, quando voltou pra tentar livrar o time do jejum de títulos. Não deu,

6° Telê Santana (1979 a 1980, 1990)

Jogos: 97 (49 vitórias, 27 empates e 21 derrotas).
Títulos: nenhum.

É possível um treinador figurar na lista dos 10 + da história do Campeão do Século sem nunca ter conquistado um título? A resposta é sim se este for Telê Santana, para muitos o maior treinador da história do futebol.

Foi no Verdão que Telê ganhou projeção para o futebol e se tornou conhecido no mundo todo. Em 1979, ano de sua estréia no comando do Palmeiras, fez o time praticar um futebol tão bonito que em pouco tempo chegaria à seleção brasileira. Nesse ano, Telê foi um dos grandes responsáveis por uma das melhores partidas de nossa história, o famoso 4x1 sobre o Flamengo de Zico em pleno Maracanã, jogo que muitos sentiram falta por ter ficado de fora da nossa lista de melhores partidas. Esse jogo, aliás, foi a quinta goleada seguida do Verdão, que disputava simultaneamente os campeonatos estadual e nacional. No brasileiro, Telê levou um time limitado tecnicamente até as semi-finais, sendo eliminado somente pelo grande Inter de Falcão, campeão invicto naquele ano. No Paulistão, o Verdão certamente teria conquistado o título, não fosse uma manobra nos bastidores de dirigentes rivais, que fizeram com que a fase final fosse disputada somente no ano seguinte, quando a fase da equipe já não era a mesma.

O destaque alcançado no Palmeiras levou o técnico até a seleção, mas a sorte não estava à altura do talento daquela equipe que encantou o mundo. Treze anos depois de sua primeira passagem, Telê voltou a treinar o Verdão, mas a pressão por títulos e a instabilidade do time acabaram atrapalhando seu rendimento. Em 1997, pouco antes do Verdão fechar com Felipão, Telê acertou seu contrato para uma terceira passagem, mas problemas de saúde impediriam uma nova oportunidade no time que o projetou.

Por ter valorizado um futebol ofensivo e sempre visado o futebol arte, Telê revolucionou a maneira de se jogar o esporte e tivesse conquistado títulos, certamente estaria ainda mais acima em nossa lista.

5° Filpo Nuñez (1964 a 65; 1968 a 69; 1978 a 79)

Jogos: 154 (94 vitórias, 27 empates e 33 derrotas.
Títulos: Rio/SP 1965.

Sem sombra de dúvidas o argentino mais importante da nossa história e um dos treinadores mais lembrados ainda hoje pela torcida alviverde. Filpo Nuñes dava os primeiros passos para ser treinador na Argentina nos anos 40, onde fez carreira como jogador. Mas era fora dos campos, criando novas táticas e esquemas, que ele realmente se destacava. Antes de chegar ao Brasil, passou por outros países, como Venezuela, Peru e Bolívia. Não conquistou tudo aquilo que queria. Chegou ao Verdão em meio à desconfiança da torcida. Naquela época, já era grande a rivalidade entre os dois países, mas foi aos poucos conquistando a confiança do torcedor.

Foi no Brasil que Filpo Nuñez pôs em prática sua tática de jogar em velocidade com toques de primeira, até hoje referência ao que se conhece por futebol arte. Apelidado de El Bandoneón (o instrumento musical semelhante a uma sanfona utilizado na execução do tango), Filpo entrou para a história como treinador - símbolo da primeira Academia do Verdão nos anos 60. Conquistou apenas um título, o Rio/SP de 1965, mas foi nesse ano que conquistaria o maior feito de sua carreira, a de ter sido o único estrangeiro a dirigir a Seleção Brasileira no famoso amistoso em que o Verdão representou o país contra o Uruguai, vencendo por 3x1, jogo que figurou em nossa lista das 10 melhores partidas.

Voltou ao Verdão somente em 1978, tentando reviver os velhos tempos e fazer o time retomar o caminho das vitórias, mas não obteve o mesmo sucesso de outros tempos e nunca mais voltou ao time. Hoje ficaram apenas as lembranças gloriosas daquele argentino de quem tanto desconfiávamos e que viria a entrar e permanecer até hoje na história da Seleção e do próprio Palmeiras. Quinto lugar merecidíssimo.

4° Ventura Cambon [1935 a 1936; 1938 a 1939; 1944 a 1952 (com intervalos); 1952 a 1957 (com intervalos).

Jogos: 248 (133 vitórias, 49 empates e 66 derrotas).
Títulos: Paulistas 1944 e 1950, Rio-Sp 1951, Copa Rio 1951.

Embora hoje seja um nome pouco conhecido e que somente os Palmeirenses mais fanáticos por história ouviram falar, Ventura Cambon é certamente um dos nomes mais importantes de nossa história. Teve o tempo como inimigo para não aparecer na memória dos torcedores que viram tantos craques, mas sobreviveu ao passado a ponto de figurar entre os cinco melhores de nossa selecionada lista. Mas o que faz desse Uruguaio alguém tão importante pra história do Verdão?

A resposta é simples mas tem vários motivos. Muito antes de se tornar treinador, Ventura Cambon já fazia história no Verdão. Foi titular do time tricampeão Paulista de 1932/33/34, um dos primeiros estrangeiros a vestir nossa camisa. Mas foi como treinador que eternizou seu nome para sempre.

As primeiras passagens foram apagadas, sem sucesso. Ventura tentou por duas vezes, de 1935 a 1939, repetir seus feitos de jogador também como técnico, ou seja, levar o time aos títulos. Não deu, mas a história não terminou. Em sua terceira oportunidade vem a primeira conquista, o Paulistão de 1944, segundo título da história do recém-nomeado Palmeiras. Mas ainda não era o bastante. Depois de várias partidas como interino, só viria a assumir efetivamente o comando da equipe em 1950, no final de um campeonato Paulista praticamente ganho pelo rival São Paulo. Talentoso, mudou o esquema do time e numa grande arrancada levou a equipe ao inesperado título. Os títulos que já havia conquistado eram o suficiente pra ser lembrado para sempre, mas o auge ainda estava por vir. No ano seguinte o país vivia a decepção de ter perdido a Copa de 50 para o Uruguai, por sinal país de origem do treinador. Como que pedindo 'perdão' à todos os Brasileiros pela Copa do Mundo vencida pelo seu país, comandou o Palmeiras no ano seguinte à conquista da Copa Rio, para muitos título mais importante da história do campeão do século. Como se não fosse o bastante, ganharia ainda o Rio/SP daquele ano, com uma campanha brilhante e título em cima do nosso maior rival. Como conseqüência de tudo isso, números impressionantes em uma carreira vitoriosa construída sempre ao lado do Palmeiras. Alguém ainda duvida da sua importância para a nossa história?

3° Valderlei Luxemburgo (1993 a 94; 1995 a 96; 2002).

Jogos: 258 (158 vitórias, 57 empates, 43 derrotas). 
Títulos:
Paulistas 1993, 94 e 96, Rio-SP 1993, Brasileiros 1993 e 94.

Amor e ódio são sentimentos que se misturam quando questionado o nome de Vanderlei Luxemburgo ao torcedor Palmeirense. As lembranças recentes são horríveis. Para grande parte da torcida um dos grandes responsáveis pelo rebaixamento de 2002 por ter deixado o time na mão no meio das competições, Vanderlei ainda levou dois dos nossos rivais a vários títulos e passou a ser desprezado por muitos que um dia o aclamaram.

Deixadas as lembranças ruins de lado, grande parte delas geradas pelo profissionalismo, Luxemburgo é indiscutivelmente um dos melhores treinadores que já passaram pelo time. Nos 16 anos de fila, muitos treinadores tentaram tirar o time da lama. Treinadores vitoriosos, muitos deles presentes na nossa lista. Porém foi somente com Vanderlei no comando que o Palmeiras voltou a vencer em grande estilo, voltou a ser grande e passou a ser a equipe mais temida do país. Verdade que o time era uma constelação de craques, mas sem um grande treinador no banco dificilmente teria dado certo. E isso era só o começo de uma história vitoriosa que estava por vir. Com total controle sobre um time campeão, logo viriam outros títulos importantes, como dois brasileiros e o bi do Paulistão com rodadas de antecedência. Finalmente o Palmeiras tinha voltado a honrar suas tradições e a vencer, e Luxemburgo foi o comandante desse período tão importante da nossa história.

Depois de um tempo ausente, voltaria em 1996 para conduzir um dos melhores times da história, a 'máquina mortífera dos 100 gols', que encantou o país e conquistou facilmente o Paulistão. Armando um time ofensivo, cheio de craques e buscando sempre o gol, acabou perdendo o título da Copa do Brasil de forma injusta e deixou o Verdão de cabeça erguida, consagrado como melhor treinador do país, posto que permanece até hoje. O resto da história nós já conhecemos. Decepcionou a torcida em 2002 e dificilmente voltará a treinar o Palmeiras no futuro, mas os números e os títulos não escondem. Ame ou odeie, Vanderlei Luxemburgo é um dos melhores treinadores que já passaram pelo nosso banco de reservas.

2° Luis Felipe Scolari (1997 a 2000)

Jogos: 254 (127 vitórias, 64 empates e 63 derrotas.
Títulos: Libertadores 1999, Copa Mercosul 1998, Copa do Brasil 1998, Rio/SP 2000.

"Fica Felipão, pra ir com a gente até o Japão". Essa única frase poderia ser um grande resumo do que representou o técnico ao Palmeiras. A mesma torcida que pedia pra que ele ficasse não podia imaginar que em 1997 aquele treinador que vinha de Portugal cheio de desconfiança marcaria uma era na história do Palmeiras. Felipão já tinha aparecido para o futebol em campanhas pelo Grêmio, mas mesmo depois de títulos com a equipe gaúcha ainda tinha fama de retranqueiro e durão. Em Portugal não foi bem, e quando chegou ao Verdão a maioria não era a favor da sua vinda, afinal era ele o treinador que havia vencido o Verdão muitas vezes dirigindo o time gaúcho.

No entanto, aos poucos fomos nos acostumando com seu estilo linha dura, e aos poucos aquela figura passou a se tornar cada vez mais conhecida no dia-a-dia do clube. Com seu estilo único, não demorou muito pra Felipão, um especialista em "mata-mata", conduzir a equipe ao título da Copa do Brasil, passaporte pra Libertadores, grande objetivo de todos. No mesmo ano ganhou de vez a confiança da torcida com o título da primeira Copa Mercosul, encerrando um ano maravilhoso, melhor que qualquer Palmeirense imaginaria. A consagração viria no ano seguinte com a conquista da América. Antes disso porém Felipão já era unanimidade entra a torcida, já havia conquistado de vez o coração de qualquer Palmeirense com suas declarações sensatas e berros á beira do gramado. O título da Libertadores foi a consagração de um trabalho muito bem feito, numa época que cada partida era uma emoção diferente, uma época que tínhamos um treinador que se tornava a cada partida um Palmeirense convicto.

A frase que iniciou esse texto veio logo após a conquista da América, quando rumores indicavam a saída do treinador. Mas ele ficou como havia prometido. Não conquistou o Mundo, mas conquistou 15 milhões e no ano seguinte venceria também o torneio Rio/SP, seu último título pelo Verdão. Saiu aclamado pela torcida e consagrado por um trabalho que foi o trampolim para chegar a seleção e conquistar o penta em 2002. Um treinador com a cara de um Palmeiras vencedor. Esse foi Luís Felipe Scolari.

1° Oswaldo Brandão (1945; 1947 a 48; 1958 a 60; 1971 a 75; 1980).

Jogos: 580 (335 vitórias, 151 jogos e 94 derrotas).
Títulos: Paulistas 1947, 1959, 1972 e 1974, Taça Brasil 1960, Brasileiro 1972 e 1973, Troféu Ramon de Carranza 1974.

Sabíamos que o treinador que ocupasse a primeira posição teria que ser... bem, mais que um treinador. Oswaldo Brandão é nada mais nada menos que um dos nomes mais importantes da nossa história, junto com craques como Ademir da Guia, Luís Pereira e Evair. Treinador mais vitorioso da história do Campeão do Século com 8 títulos (dentre outros menores), é também aquele que mais treinou, aquele que mais venceu (com um percentual impressionante) e aquele que atravessou gerações, conquistando títulos em quatro décadas diferentes.

Meio-campo do Verdão na década de 40, Brandão foi forçado a abandonar a carreira devido a uma contusão e resolveu apostar no futuro como treinador. Sua primeira experiência foi em 1945, mas ainda era somente um "tapa buraco" do recém-demitido Del Debbio. Dois anos depois e efetivado pela primeira vez como treinador, ganhou o primeiro de seus muitos títulos, o Paulistão de 1947, isso com apenas 31 anos. Ficou no cargo até o início do ano seguinte e só voltaria ao Parque Antárctica dez anos depois. O ano é 1959, período em que o Santos dominava a maioria das competições e aparentemente não tinha adversários. Até Brandão assumir o Alviverde e conquistar o supercampeonato paulista, um dos melhores e mais disputados Paulistões de todos os tempos. E não parou por aí. No ano seguinte comandava o Verdão ao seu primeiro título Nacional, a Taça Brasil, torneio mais importante do país na ocasião.

Mais dez anos se passaram até Brandão voltar ao Palmeiras, já na década de 70. Afinal, ainda que o tempo fosse longo, o bom filho sempre retornava àquela que sempre fora sua casa. E sua terceira passagem pelo time seria também a mais vitoriosa, a consagração de um treinador vencedor. À frente da Academia eleita como maior time de todos os tempos, Brandão conquistaria os Brasileiros de 1972 e 73, com recordes como a defesa menos vazada da história da competição além de um ataque goleador. Em 1974, ídolo da torcida e já considerado maior treinador da história do clube, levaria o time a mais um título - seu último pelo clube, mas também um dos mais deliciosos, a vitória chorada sobre o maior rival que completava duas décadas sem conquistas. Ainda dava tempo para uma passagem rápida em 1980, sua verdadeira despedida do clube que o consagrou.

Nunca em nossa história um treinador conseguiu fazer valer melhor que ele nosso mais conhecido bordão, "defesa que ninguém passa, linha atacante de raça". Nunca tivemos um time fantástico aliado a um treinador que cumpria com todas as expectativas como Oswaldo Brandão. Mais que primeiro colocado da nossa lista, foi também uma unanimidade entre a equipe, considerado melhor treinador por todos os nossos colaboradores.

Mestre, campeão, vencedor. Os números provam, as conquistam comprovam e os torcedores concordam: Oswaldo Brandão foi mesmo o maior de todos.


Equipe Palmeiras Todo Dia
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